Terminou neste sábado, 08/11/2025, a 63ª Assembleia Geral Extraordinária da IPI do Brasil. Foram três dias intensos de comunhão, reflexão e decisões estratégicas para o futuro da denominação. O encontro, realizado sob o tema “Transformação: um chamado para a Igreja”, reuniu, nos períodos de votação, quase 200 lideranças, pastores e representantes de todo o país em um ambiente de espiritualidade e compromisso institucional. No culto de abertura, no dia 06/11, chegou-se a ter 300 participantes.
Um último dia de adoração e reflexão
A programação final teve início com momentos de louvor conduzidos pelo ministério musical da IPI Filadélfia, Londrina, PR, seguidos da ministração devocional pelo Rev. Mathias Quintela de Souza, pastor jubilado com mais de 60 anos de ministério dedicados à IPI do Brasil, que foi o responsável por conduzir a reflexão que marcaria o encerramento da Assembleia.
Servos e livres, ao mesmo tempo
Baseando-se no texto de Marcos 10:33-45, o Rev. Mathias desenvolveu uma mensagem profunda sobre o chamado cristão ao serviço e à humildade. Em sua exposição, destacou o momento em que Jesus, a caminho de Jerusalém, anuncia sua morte e confronta a lógica humana de poder e status com os valores do Reino de Deus.
“Quem quiser ser grande deve servir, e quem quiser ser o primeiro, seja servo de todos”, ressaltou o pregador, explorando a radicalidade do discipulado cristão. Ele chamou a atenção para o termo grego “doulos” (escravo), usado no texto original, revelando a profundidade do chamado de Cristo: seguir o Mestre significa renunciar à própria vontade para viver inteiramente sob a vontade divina.
O ministro enfatizou o paradoxo da liberdade cristã: “Somos filhos e herdeiros de Deus, mas fomos chamados a ser ‘escravos livres’ — livres para servir e amar”. Citando o exemplo supremo de Jesus, que sendo Deus assumiu forma humana e se fez servo obediente até a morte, Mathias reafirmou que o verdadeiro caminho para a plenitude passa pela humildade e pelo serviço.
O verdadeiro caminho para a plenitude passa pela humildade e pelo serviço.
A raiz de todos os vícios
Em sua exortação, o Rev. Mathias alertou contra o orgulho, identificando-o como “raiz de todos os vícios”, e elevou a humildade como “a primeira, a segunda e a terceira virtude da vida cristã”. Segundo ele, servir como escravo de Cristo significa renunciar à busca pela própria glória para que o Reino de Deus se manifeste plenamente.
A ministração também destacou o exemplo do apóstolo Paulo, cujas lágrimas expressavam amor profundo pela Igreja, dor pelos corações endurecidos, pela imaturidade dos crentes e pelos falsos mestres. “Paulo servia com lágrimas, mas com alegria, consciente de que seu sofrimento participava da missão de Cristo”, pontuou o pregador.
Concluindo sua mensagem, o Rev. Mathias lembrou que o ministério deve ser exercido “com mansidão e dependência do Espírito, e não com sobrecarga ou exaustão, pois o jugo de Jesus é suave e o fardo é leve”. Ele encerrou citando Efésios 3:20-21: “A Ele seja a glória na Igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.”
Momentos das autarquias e decisões importantes
Após a ministração, o Rev. Sérgio Gini, presidente da Assembleia Geral, conduziu os momentos institucionais, dando voz às autarquias e representações da Igreja. Falaram representantes do Bethel, da FATIPI e da Pendão Real (Vida&Caminho), além dos representantes da IPIB junto à Missão Caiuá, reafirmando o compromisso da denominação com suas diversas frentes de atuação.
O último documento do dia (e da AG) foi a homologação do Estatuto da Fundação Eduardo Carlos Pereira, consolidando mais uma decisão estratégica para a instituição. A oração final ficou a cargo do Rev. João Luiz Furtado, ex-presidente da Assembleia Geral.
Fortalecidos e transformados
Como tradição, a Assembleia foi encerrada com o cântico do hino oficial “Pendão Real”, seguido da foto oficial que registra este momento histórico para a IPI do Brasil.
Os participantes deixam o encontro com a certeza de que cada palavra, cada voto e cada oração refletiram o tema que guiou esta edição. A transformação, conforme ressaltado ao longo dos dias, começa em cada membro e se manifesta em tudo o que a Igreja faz para a glória de Deus.
Saímos deste encontro fortalecidos, conscientes de que a transformação continua, “IPI do Brasil, a transformação continua!”







