Refúgio em linhas e agulhas

Entre 2024 e 2025, em um país do Oriente Médio, missionários enfrentaram deportações, igrejas foram fechadas e vistos negados. Mesmo em meio a essa perseguição...

Entre 2024 e 2025, em um país do Oriente Médio, missionários enfrentaram deportações, igrejas foram fechadas e vistos negados. Mesmo em meio a essa perseguição, Deus abriu uma porta inesperada: uma escola de corte e costura em um dos bairros mais negligenciados de uma grande cidade, marcado pela pobreza, imigração e abandono social. Um projeto apoiado pela IPI do Brasil começou com seis máquinas e algumas mulheres curiosas. O que era apenas um curso virou um refúgio. Elas vinham pela costura, mas voltavam pela paz.

O desafio missionário era grande: atuar em um país com 99% da população islâmica, onde o cristianismo é quase invisível e os riscos para missionários são reais. Em 2014, eles fizeram uma viagem exploratória para entender a cultura, as necessidades e as possibilidades de compartilhar o evangelho. Logo que se envolveram com missões, tornaram-se membros da IPI. Uma IPI no sul de Minas foi a primeira a acreditar na visão e apoiar o projeto naquele país. Com o tempo, outras IPIs também se juntaram, formando um núcleo de apoio fundamental, e logo depois a Secretaria de Evangelização passou a colaborar, fortalecendo ainda mais a missão.

O projeto atua aos finais de semana, aproveitando o período em que as mães não precisam levar os filhos à escola. Atualmente, está na terceira  turma da escola de corte e costura. Para manter as atividades, são investidos mensalmente entre 6 a 7 mil reais, valor que cobre aluguel do espaço e manutenção do projeto. Os principais desafios são a resistência de algumas dessas mães, que afirmam que “aqui não é lugar para falar de religião”.

Mesmo assim, essa resistência não impede a equipe de compartilhar o evangelho com cuidado e sabedoria, buscando ganhar a confiança delas e orar por suas vidas. Para nós, é muito gratificante ver a alegria de cada mãe ao convidar nossa equipe para visitar suas casas. Esse é um ponto  essencial, pois no espaço da escola oramos e compartilhamos algo da Bíblia, mas por questões de segurança não podemos fazer isso tão abertamente em nossa escola de corte e costura. Por isso, as casas se tornam nosso alvo principal, onde podemos cultivar relacionamentos mais profundos e compartilhar o evangelho de forma mais livre e segura.

Pedimos oração para que pessoas de paz apareçam, para que o governo não feche o projeto, para que nossa equipe não seja deportada, e pela salvação entre as famílias representadas por essas mães.

Lukas

Missionário no Oriente Médio

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