FEZ POESIA, SEMEOU A PALAVRA E DISCIPULOU COM AMOR
Com profundo pesar e imensa gratidão, comunicamos o falecimento da querida Missionária Arina de Figueiredo Silva, ocorrido no dia 26/04/2025, na cidade de Bacabal, MA, onde dedicou os últimos anos ao serviço do Senhor. Agora, descansa nos braços do Deus a quem serviu fielmente ao longo de sua vida.

Nascida em 28/07/1931, na cidade de Cabedelo, PB, Arina formou-se missionária no Instituto Missionário de João Pessoa, PB. Mudou-se para São Luís, MA, e lá casou-se com o pastor Nascimento Moreira da Silva, com quem teve os filhos Nilson e Neemias. Atuou na 1ª, 2ª e 3ª IPI de São Luís, com relevante contribuição ao trabalho com crianças, adolescentes e jovens. Participou da fundação da igreja no bairro Cavaco (hoje, bairro de Fátima) e no Anjo da Guarda. Fundou a Congregação Presbiterial de Bacabal, onde concluiu sua carreira, semeando a Palavra e discipulando com amor.
Arina era conhecida por sua fé inabalável, esperança constante e alegria em servir. Sua vida refletiu confiança plena em Deus, a quem chamava de “um Deus maravilhoso”. Escrevia poesias e jograis, contava histórias bíblicas e lições que marcaram gerações. Muitos guardam na memória as noites em que, sem luz elétrica, reunia crianças e jovens para ensinar o caminho do bem. > Presbitério do Norte da IPI do Brasil
A MENINA QUE BATIZAVA BONECAS DE PANO
Eu já sepultei muitas mães, mas Deus chamou a minha própria – Graciema Santos Barbosa – no sábado, 21/06/2025. Seu lugar estava pronto. Ela nasceu em 25/04/1933, num rancho de palmito, na Fazenda Santa Umbelina, norte do Paraná, onde o chão virava caderno e o urro das onças, canção de ninar. Corria entre borboletas com o irmão Benedito, e batizava bonecas de pano feitas por sua mãe Josepha, nas águas do córrego Cupri: “Batizo boneca na água corrente pra nunca ser gente”.

Encantada com a promessa de um vestido branco e sapatos, um dia antes de sua “Primeira Comunhão”, aos 13 anos, abandonou tudo e viveu um encontro que mudou sua eternidade. Amparada pelo tio João Fabrício, professou a fé na IPI de Iepê, SP, e na “Igrejinha dos Milagres” ficou até à morte. Foi ela quem acendeu o Evangelho em nosso lar, quem orou nossos nomes ao céu.
Viveu quase 63 anos com Alfredo, meu pai, num amor bordado no céu — gerou seis filhos e deixou em nós um legado eterno. Um dia os que dormem em Cristo despertarão, — e num abraço sem fim, diremos: nos encontramos de novo. Até lá, mãe… a senhora vive em nós — bordada na alma.







