O mundo e o Reino

No dia 29 de maio, líderes cristãos de várias partes do mundo se reuniram em Zurique, na Suíça, para celebrar os 500 anos do primeiro batismo anabatista.

Reconciliando Caminhos: 500 anos de testemunho anabatista

No dia 29 de maio, líderes cristãos de várias partes do mundo se reuniram em Zurique, na Suíça, para celebrar os 500 anos do primeiro batismo anabatista. 

Este grupo ficou assim conhecido porque os convertidos eram batizados apenas na idade adulta. 

Além disso, eles estavam frequentemente em conflito com a sociedade civil porque parte de sua crença era seguir as Escrituras a todo custo, não importando os desejos da autoridade secular. Hoje, seus principais representantes são os Amish, Huteritas e Menonitas.

Em nome da Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas, o Rev. Dr. Setri Nyomi declarou: “Alegramo-nos com vocês e agradecemos a Deus pelos 500 anos de testemunho fiel dos cristãos da tradição anabatista”. 

Ele também fez um gesto de confissão ao reconhecer que a história das igrejas Reformadas inclui episódios de perseguição contra os anabatistas. Católicos Romanos e Protestantes perseguiram os anabatistas, recorrendo à tortura e execução na tentativa de conter o crescimento do movimento.

Como sinal concreto de reconciliação, foi divulgado durante o evento um documento conjunto entre as duas tradições, intitulado Restaurando Nossa Família à Inteireza: Buscando um Testemunho Comum

A declaração reconhece as raízes comuns na Reforma de Zurique e convida ambas as partes a renovarem seu compromisso com a missão cristã no mundo, marcada pela busca por paz, justiça e unidade.

Papa Leão XIV é empossado com mensagem de amor e paz

No dia 18 de maio, a Praça de São Pedro, no Vaticano, reuniu mais de 200 mil pessoas para a Missa de Inauguração do novo papa, Leão XIV. 

Em sua primeira homilia como líder da Igreja Católica Romana, o pontífice afirmou que “o coração do Evangelho é o amor de Deus”. 

A cerimônia, que contou com a presença de representantes do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), destacou um firme compromisso com a unidade dos cristãos e com o diálogo. 

O novo papa colocou-se como um agente de reconciliação num mundo ferido por conflitos, desigualdade e intolerância. Para Leão XIV, “somos chamados a ser fermento de unidade e fraternidade”, reconhecendo a riqueza da criação de Deus.

 

Os líderes do CMI expressaram entusiasmo diante do discurso e da postura do novo pontífice. Estiveram presentes o pastor luterano, Heinrich Bedford-Strohm, moderador do comitê central do CMI, e o secretário-geral, Rev. Jerry Pillay, que destacou a ênfase do papa na paz, dizendo que essa prioridade “ressoa profundamente” com os compromissos do CMI.

Esperança e Fé na China: uma amizade que se renova em meio à adversidade

A longa amizade com os cristãos na China tem ganhado novos contornos em meio a tempos desafiadores. 

No final de 2024, a The Outreach Foundation enviou duas equipes com representantes de 11 igrejas e 4 denominações para testemunhar o que Deus tem feito naquele país. 

Mesmo enfrentando pressões e limitações, os cristãos chineses demonstram uma fé resiliente: centenas de batismos, ministérios com jovens adultos, e famílias comprometidas em criar seus filhos na fé cristã são alguns dos sinais desse vigor espiritual.

A parceria, antes concentrada na província de Jiangsu, agora se expande para outras regiões, como Zhejiang, Xangai, Wuxi e Nanjing. 

Outro marco importante é o fortalecimento do vínculo com a Amity Foundation, organização comprometida com a distribuição de Bíblias e ações sociais. 

A visita incluiu um tempo precioso em Hong Kong com a Christian Communications Ltd., que tem alcançado quase todas as províncias da China com materiais para pastores e líderes leigos. 

Esses encontros reforçam o entendimento da busca por uma fé cristã que se expressa de forma autêntica chinesa, sem negar o legado missionário ocidental, mas enfatizando uma igreja enraizada no coração e na identidade do povo chinês.

A Igreja na China pede nossas orações: 

  • por força diante das dificuldades, 
  • por portas abertas para novas oportunidades, 
  • por vocações entre os jovens, 
  • por coragem às igrejas que permanecem. 

Como presbiterianos independentes do Brasil, somos chamados a nos alegrar com nossos irmãos do outro lado do mundo, a orar por eles e a continuar cultivando pontes de amizade e solidariedade.

Rev. Paulo Câmara Marques Pereira Júnior

pastor da 1ª IPI de Curitiba, PR, e assessor de Relações Internacionais da IPI do Brasil

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