No dia 8 de junho, segundo o Calendário Litúrgico Cristão, comemoramos o Dia de Pentecostes. O livro de Atos dos Apóstolos registra que, “ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos os seguidores de Jesus reunidos num memos lugar… E todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2.1, 4).
O teólogo espanhol Antonio Royo Marin escreveu um livro a respeito do Espírito Santo, já publicado em português sob o título: “O grande desconhecido – o Espírito Santo e seus dons”.
Esse título, de fato, está correto. Na história da igreja, nunca se falou tanto a respeito do Espírito Santo como nos dias de hoje, mas, ao mesmo tempo, o Espírito Santo continua a ser o grande desconhecido.
E, por ser desconhecido, o Espírito Santo tornou-se um pomo de discórdia entre as igrejas protestantes históricas e as pentecostais. Por um lado, as igrejas pentecostais falam muito sobre a pessoa e a obra do Espírito Santo, mas de forma superficial. Por outro lado, as igrejas protestantes históricas sentem um certo receio de se dedicarem ao estudo da doutrina sobre a terceira pessoa da Trindade.
Diante dessa realidade, como filhos espirituais de João Calvino, vale a pena estudarmos o que o reformador de Genebra escreveu a respeito do Espírito Santo. Na verdade, Calvino foi reconhecido como “o teólogo do Espírito Santo”.
Por isso, as palavras de Abraham Kuyper sobre o Espírito Santo devem ser levadas em consideração, quando disse: “Ainda que honremos o Pai e acreditemos no Filho, vivemos muito pouco no Espírito Santo! Parece-nos algumas vezes que somente para nossa santificação o Espírito Santo é acrescentado acidentalmente à grande obra redentiva. É por esse motivo que as nossas mentes se ocupam tão pouco com o Espírito Santo, que ele é honrado tão pouco no ministério da Palavra que o povo de Deus, quando se curva suplicante diante do trono da graça, faz dele tão pouco o objeto de sua adoração”.
Aproveitemos a celebração do Dia de Pentecostes para tornar o Espírito Santo o grande conhecido entre nós!