É esse o título de um pequeno livro de um dos mais importantes teólogos da atualidade, Jürgen Moltmann, conhecido como o teólogo da esperança.
Ao tratar o tema da esperança, Moltmann não estava simplesmente refletindo academicamente sobre um ponto da teologia sistemática. Ao contrário, a esperança era a sua própria experiência de vida.
Sobre isso, escreveu ele na mencionada obra: “Eu não sou apenas um teólogo que se ocupa cientificamente das esperanças e das angústias das pessoas; sou também um sobrevivente de ‘Sodoma e Gomorra’”.
Com tais palavras, estava a se referir à destruição da cidade de Hamburgo, na Alemanha, em 1943, na 2ª Guerra Mundial, quando tinha 17 anos e, milagrosamente, não perdeu sua própria vida.
Depois, de 1945 a 1948, viveu na Escócia, num campo de prisioneiros de guerra. Ali, ao ler o Evangelho de Marcos, abraçou a fé cristã. Sentiu-se compreendido pelo Deus que se revelou em Cristo Jesus. Desde então uma experiência marcou-o para sempre: “em cada fim oculta-se um novo começo”.
É essa a grande mensagem da Páscoa na ressurreição do Senhor Jesus. Foi essa a mensagem vivida pelas mulheres que foram ao túmulo do Senhor. Para elas, tudo tinha chegado a um fim. Nada mais havia a ser feito a não ser cuidar do corpo de um defunto. No entanto, elas aprenderam que, quando tudo terminara, um novo começo tinha sido providenciado por Deus.
Por isso, quem está em Cristo é sempre uma nova criatura. Nunca há desespero. Sempre prevalece a esperança.