Você responde que sim e acrescenta: “eu quero uma roupa para uma festa”. Ela então olha bem demorada e atentamente para seu rosto e afirma: “já sei!” e busca um item de vestuário exatamente como você esperava. Perfeito!
Qual a chance de isso acontecer? Bem pouca. Como alguém vai atender suas expectativas internas apenas olhando para o seu rosto? De mesma forma, é improvável definimos uma identidade contando apenas com impressões da face de alguém.
É possível cairmos no erro de supervalorizarmos uma identidade institucional (o rosto) em detrimento de sua essência (as intenções e expectativas). A IPI do Brasil, no entanto, chega aos 122 anos de organização com um saudável equilíbrio entre e essência e aparência. Ao mesmo tempo que temos igrejas em evidência com grande número de membros, uso inteligente da tecnologia, bons recursos financeiros, comunicação moderna e liturgia inovadora, também devemos considerar outras (milhares de) pequenas igrejas simples, pobres, tradicionais, mas com corações movidos pela chama do Espírito. Afinal, “o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração” (1 Sm 16.7).
A igreja de Cristo é um mistério. Isso é bom porque, por meio dela, somos surpreendidos pela multiforme sabedoria de Deus (Ef 3.10). Mas ela também é presença – para alguns, incômoda; para outros, santa – de Cristo no meio de nós.
Nesta edição, você é convidado a inspirar-se em reflexões e exemplos de como a IPI do Brasil cumpre seu papel de ser mistério e presença num país tão fragmentado e carente do amor de Cristo.
“O desafio para a igreja não é olhar para trás, com nostalgia, nem olhar para frente, com ansiedade. Mas, sim, olhar ao redor, com atenção” (Rev. Andrew Stuart-Kennedy).