Em 31 de julho de 1903 surgia a Igreja Presbiteriana Independente Brasileira, hoje IPI do Brasil. Aqueles dias eram de um conflito intenso entre os líderes brasileiros do presbiterianismo em nosso país com os missionários norte-americanos. A razão: estes últimos, embora fossem irmãos queridos, através do instrumento poderoso do dólar dominavam as decisões a respeito de como a igreja deveria agir na evangelização do Brasil. O pastor Eduardo Carlos Pereira, um dos líderes dos brasileiros, chamou isso de “money power”, o “poder do dinheiro”.
O movimento de independência eclesiástica do dia 31 de julho de 1903 foi uma afirmação de maturidade espiritual que podemos basear no trecho de I Coríntios 13:11: “Quando eu era menino, falava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino”.
Naqueles dias os sete pastores e os quinze presbíteros que deram início à IPI deixaram das “coisas próprias de menino” e iniciaram uma nova jornada: a da independência eclesiástica brasileira. Sem o dólar e sem a sombra da maçonaria.
Fato é que aquele grupo teve de pagar um alto preço. O da pobreza material e o da fama da ingratidão. Porém, sentiram eles que tudo isso valia a pena, “pela Coroa Real do Salvador”. Seriam “independentes” dos missionários e cada vez mais “dependentes” de Deus!
Se chegamos até aqui, 122 anos depois, podemos dizer, alto e bom som que O SENHOR NOS AJUDOU. Sem Ele nada seríamos.
Continuemos firmes. Sejamos independentes dos poderosos e cada vez mais dependentes do Deus de todo o poder.
Soli Deo Gloria!
Rev. Eber Ferreira Lima (@eberlima1855)
Relator da Comissão de História e Museu